No chão caído – ensanguentado.


Sonhos desfeitos – riso suspenso.


Nas mãos abertas havia mais


que o gesto de implorar.





Se era esperança,


se era vida,


a morte veio


lenta, furtiva,


abrir as portas


de par em par.




Olhos abertos – fitando o céu.


Cabelo loiro – a esvoaçar.


Nunca ninguém saberá que mais havia


além do seu olhar.




Silva, João Mattos e (1972), Tempo de Mar Ausente. Lisboa: Editorial Mocidade, p. 34.

 
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